segunda-feira, 5 de junho de 2017

Josefa de Óbidos, a pintora portuguesa de naturezas mortas

Josefa de Ayala Figueira, conhecida como Josefa de Óbidos (1630-1684), foi uma pintora nascida na Espanha que viveu e produziu em Portugal. 
Era filha de Baltazar Gomes Figueira, pintor português natural de Óbidos. 
Quando este foi trabalhar para Sevilha, acabou por desposar D. Catarina de Ayala Camacho Cabrera Romero, natural da Andaluzia. 

São João Bapista.

Quando tinha apenas quatro anos de idade, os pais de Josefa regressam a Portugal. 
Estabelecem-se na Quinta da Capeleira, em Óbidos, quando a menina já tinha seis anos de idade. 

O Cordeiro Místico.

Foi especialista na pintura de flores, frutas e objetos inanimados. A influência exercida pelo barroco tornaram-na uma artista com interesses diversificados, tendo-se dedicado, além da pintura, à estampa, à gravura, à modelagem do barro, ao desenho de figurinos, de tecidos, de acessórios vários e a arranjos florais.

Doces e flores.

O Salvador do Mundo.

O Bom Jesus.

As flores pintadas por Josefa têm uma simbólica sagrada (bíblica): açucena (Pureza), cravo (Amor Puro), rosa (Virgem), rosa-brava (Virgem), jasmim (Alegria Eterna), anémona (Paixão de Cristo), amor-perfeito (Trindade), palmeira (martírio), maravilhas, ginja (Sangue do Redentor), laranja (Castidade), tulipa (Graça Divina), cravos túnicos (Virgem), ceara (Pão), figueira (Ressurreição), videira (Eucaristia), etc. 








Sónia Azambuja é uma especialista da simbologia
da natureza na pintura seiscentista portuguesa.

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