quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

O Natal na Horta

Nos dias 19 e 21 de dezembro, a horta realizou duas exposições, na Sala dos Professores, com materiais de cerâmica produzidos na Sala de Olaria pela professora Teresa Cameira.
Tínhamos chás, sementes e diversas peças de cerâmica (ímanes, pregadeiras, elásticos para o cabelo, colares).
As exposições foram muito visitadas pelos professores e restantes funcionários.
Ora vê como estavam bonitas as mesas de exposição!!...

19 de dezembro

A mesa de exposição (chás, sementes, ímanes e outras peças de cerâmica)

Pormenor dos materiais expostos

 21 de dezembro

Visão geral da mesa de exposição

Pormenor dos materiais expostos

Outro pormenor da mesa de exposição
Os nossos ímanes (prof. Mónica)

Os nossos colares (prof. Mónica)

Outro pormenor das nossas cerâmicas (prof. Mónica)

Os chás (prof. Mónica)

Outro aspecto dos saquinhos de chá (prof. Mónica)
Créditos: obrigada professora Mónica Duarte pelas excelentes fotografias!!!... 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Boas Festas

A Equipa da Horta Biológica deseja Boas Festas e um óptimo Ano de 2017 a toda a Comunidade Educativa e a todos os nossos meninos e jovens alunos.


Bancos de sementes: uma corrida contra o tempo

TODOS nós dependemos das plantas para sobreviver. Além de serem fonte de alimentação, as plantas fornecem também matéria-prima para o vestuário. Isso sem falar no combustível, material de construção e remédios que salvam a vida. A vida animal, incluindo aves e insetos, também depende delas. No entanto, segundo alguns pesquisadores, um quarto das plantas do globo corre risco de ser extinto nos próximos 50 anos. O Projeto Banco de Sementes do Milénio lidera a corrida contra o tempo para evitar que isso aconteça.
Aclamada como a “Arca de Noé para as plantas” e como “seguro de vida para o planeta”, o prédio de 120 milhões de dólares no sul da Inglaterra protegerá centenas de milhões de sementes das espécies mais ameaçadas do planeta.
O que é um banco de sementes? É uma forma fácil e económica de preservar qualquer planta que produz semente — da menor erva à árvore mais alta. Uma vez armazenadas, as sementes não requerem muitos cuidados. A maioria quase não ocupa espaço. Basta um pequeno frasco para armazenar um milhão de sementes de orquídea! No caso de diversas outras espécies, milhares de sementes podem ser armazenadas num vidro de conserva. Após serem submetidas a um tratamento especializado, as sementes podem ser preservadas com segurança por décadas ou mesmo por séculos, por um período muito maior do que conseguiriam sobreviver na natureza.

Bancos de sementes internacionais

Banco de sementes do Milénio
Botânicos britânicos anunciaram (Outubro de 2009) ter reunido sementes de 10 por cento das plantas mais ameaçadas do planeta, naquela que é a primeira etapa de um "banco" destinado a preservar a biodiversidade mundial.
Após nove anos de uma colecta levada a cabo com a colaboração de 54 países, o Banco de Sementes do Milénio, situado nos Jardins Botânicos de Kew, zona Sudoeste de Londres, conseguiu recolher 24.200 espécies de plantas selvagens, que correspondem a um décimo das plantas mais ameaçadas no mundo.
Para Stephen Hopper, director dos Jardins Botânicos Reais, num momento em que aumenta a inquietação com as alterações climáticas e a perda da biodiversidade, o Banco de Sementes do Milénio é "uma verdadeira mensagem de esperança e um recurso vital num mundo de incerteza".


Banco de sementes 


Os Jardins Botânicos de Kew fixaram, agora, como meta guardar 25 por centos das plantas até 2020.
Entre 60 mil e 100 mil espécies de plantas estão ameaçadas de extinção, ou seja, um quarto das espécies conhecidas, o que se deve sobretudo à desflorestação, segundo os responsáveis dos Jardins Botânicos reais.
A "sementoteca" está concentrada, numa primeira etapa, nas plantas mais ameaçadas ou que desapareceram já depois de as suas sementes chegarem ao Banco, pois 23 das espécies ali representadas já não existem na Natureza.
Desde 2000, mais de três mil milhões e meio de sementes foram guardadas em contentores estanques colocados em cofres com temperatura controlada instalados perto de Ardingly, no Sul de Inglaterra, bem como no país de origem das sementes.

Segundo Paul Smith, responsável pelo projecto, "não existe outro banco de sementes deste tipo no mundo".

Jardins botânicos reais de Kew

Bancos de Sementes nacionais

Banco de Sementes A.L. Belo Correia
O Banco de Sementes A.L. Belo Correia, inaugurado em 2001, é uma infraestrutura de conservação e investigação cujo objetivo principal é a conservação de sementes da flora Portuguesa a longo prazo.
Trata-se do maior e mais antigo banco de sementes de espécies autóctones em Portugal continental, conservando em março de 2015, 3700 amostras de sementes, pertencentes a 1130 espécies. Nesta coleção está já representado mais de 1/3 da flora e 57% das espécies protegidas do continente português. Destacam-se ainda cerca de 220 espécies da região submersa pela barragem de Alqueva e 250 espécies de plantas do Jardim Botânico.
A conservação das espécies ameaçadas é uma prioridade e permite implementar em Portugal a Estratégia Global para a Conservação das Plantas.
A coleção constitui assim um seguro contra a extinção das plantas no seu habitat natural, disponibilizando sementes para a reabilitação de habitats e a reintrodução de espécies ou reforço das suas populações. Constitui ainda uma fonte de material de origem e qualidade controladas para investigação científica.
As sementes são conservadas a humidade e temperatura baixas. Nestas condições, milhares de sementes de uma só espécie podem manter-se vivas durante dezenas ou centenas de anos. 


As sementes acondicionadas em tubos de ensaio

O Banco de Sementes dando prioridade à conservação de espécies ameaçadas contribuiu assim para o cumprimento, em Portugal, da meta 8 da Estratégia Global para a Conservação das Plantas, sendo este o único banco de sementes português com protocolo de colaboração com o Millennium Seed Bank/RoyalBotanic Gardens-Kew e o único membro nacional do consórcio ENSCONET-The European Native SeedConservation Networkconsórcio europeu que reúne 30 bancos de sementes de espécies autóctones.
Em 2014 teve início a colaboração no projecto internacional “Adapting agriculture to climate change: collecting, protecting and preparing crop wild relatives”, liderado pelo Global CropDiversity Trust e pelo Millennium Seed Bank. Em parceria com outros bancos de sementes portugueses, serão recolhidas sementes de 29 espécies aparentadas de espécies cultivadas (“crop wild relatives”) em Portugal. Estas sementes serão conservadas em Portugal e no Millennium Seed Bank e estarão disponíveis para programas de melhoramento e obtenção de novas cultivares num cenário de alterações climáticas.
Nota: a designação cultivares significa "variedade cultivada" de uma espécie vegetal. O conceito foi oficialmente adoptado no XIII Congresso de Horticultura, realizado em Londres (1952), com o objectivo de distinguir as variedades cultivadas das de ocorrência natural.


A criação do Banco de Sementes da HortaFCUL irá permitir-nos conservar as nossas sementes e dar-nos-à independência em relação às empresas produtoras de sementes, permitindo ao projecto HortaFCUL produzir as suas próprias sementes de qualidade e conservando as sementes nativas, conhecidas como sementes crioulas, numa tentativa de aumentar a diversidade e variabilidade das nossas culturas.
Este banco tem ainda por objectivo colaborar com Banco de Sementes do Jardim Botânicoda Universidade de Lisboa e com a Associação Colher para Semear (da qual a HortaFCUL é sócio guardião), armazenando sementes, de modo a evitar que certas culturas Portuguesas desapareçam.
O Banco de Sementes HortaFCUL é ainda uma oportunidade de fazer trocas de sementes com outros bancos e obter uma maior diversidade de plantas no nosso jardim alimentício.


O Banco de Sementes dos Açores, criado em 2003, está vocacionado para a conservação de espécies de flora endémica do arquipélago dos Açores, nomeadamente as mais ameaçadas.
As sementes são acondicionadas em tubos de ensaio com sílica (absorção de humidade) e guardadas em câmaras de frio (-15ºC).

Tubos de ensaio com sementes

Sementes de cardo-leiteiro, uma das nossas plantas

As nossas sementes

A horta tem vindo a recolher sementes de flores para voltar a semear.

Sementes de Cravo Túnico

Sementes de Cravo Túnico

Sementes de Maravilhas

 Zínias em flor

Zínias: a recolha das flores secas
Sementes de zínia

Sementes de Calêndula

Sementes de Calêndula

Sementes de girassol

O nosso banco de sementes
Nestes frasquinhos recolhemos e rotulamos as nossas sementes. 
Pouco a pouco vamos aumentando o nosso banco de sementes!

As sementes: uma promessa de vida

variedades de sementes

A semente é o óvulo maduro e já fecundado das plantas, por esse motivo contém o embrião (estado de vida latente).
As sementes são formadas a partir da fecundação pela união dos gâmetas. A estrutura que contém os gâmetas são as flores e que, no caso de flores hermafroditas, são compostas de estames (órgãos masculinos), que produzem os grãos de pólen, e o pistilo (órgão feminino), onde são desenvolvidos os óvulos.

Os órgãos reprodutores femininos e masculinos

De facto, as sementes são estruturas extremamente importantes para a sobrevivência das plantas no ambiente. Elas são responsáveis por proteger o embrião, além de garantir a dispersão das espécies vegetais. Diferentemente dos animais, as plantas são limitadas na sua capacidade em procurar condições favoráveis para sua vida e crescimento.
As sementes são as unidades de dispersão das plantas e, para exercerem o seu papel, contam com uma variada gama de estratégias. Algumas sementes, por exemplo, são transportadas pelo vento; outras, pela água ou por organismos vivos (pássaros, esquilos). Existem ainda aquelas que são literalmente lançadas para fora do fruto por meio de processos explosivos.


Dispersão pelo vento

Dispersão pelos pássaros

As sementes são importantes alimentos que ajudam a enriquecer a nossa dieta. Auxiliam de diversas formas: controlo de peso e do colesterol, regulam o trânsito intestinal, entre outras vantagens. Atualmente, usa-se muito na alimentação as sementes de linhaça, de chia, de sésamo,de girassol, de abóbora, de papoila e de cânhamo. Para ficares a conhecer as suas propriedades clica aqui.

Sementes alimentares

Atividades com os alunos voluntários

Cada um dos professores, da equipa da horta, têm vindo a trabalhar tanto no espaço da horta como nos canteiros, com os alunos que voluntariamente se inscreveram.
Quando chove, recolhem-se numa sala de aula e promovem diversas atividades de carácter teórico-prático.

Os alunos a identificar as plantas dos canteiros da Casinha da Horta
Quando estavam a trabalhar, num dos canteiros, os meninos descobriram várias  minhocas, mas uma delas era gordíssima!!!
Parecia uma minhoca do Entroncamento!!...
Ora vejam:

A nossa minhoca, muito, muito gorda!...

Notícias da Horta: preparação e enriquecimento do solo

Com a preciosa ajuda da C.M.A. (Divisão dos Espaços Verdes), procedeu-se, este mês, à lavra do solo da nossa horta. A equipa da horta agradece, mais uma vez, à Arqt.a  Cristina Fonseca
Enquanto esperamos pelo amadurecimento do composto e pela produção de vermicomposto e lixiviado teremos de apostar no estrume. Assim, optámos pelo estrume de ovelha que será aplicado nos regos do solo e adubará as plantas cultivadas.

A horta depois de lavrada.
Agora já podemos cultivar as nossas sementes e plantas

A árvore da horta

Há já alguns anos, o professor Gonçalo, de Artes Visuais, juntamente com os alunos do 7º Ano  realizaram um trabalho que tem vindo a ser actualizado. Podes vê-lo na Sala Multimédia (BE). 
Ora vejam como está bonito:

Trabalho dos alunos do 7º Ano

A árvore depois de atualizada

Equipa da Horta

Neste ano lectivo, a nossa equipa cresceu!!... Somos mais professores e alunos. Esperamos aumentar muito mais com a adesão de mais Pais/EE e Avós.
Os professores Jaime Lourenço, Isabel Cabaço, Celeste Amaro, Madalena Ramos e Elisabete Garcia têm também um conjunto de alunos voluntários a trabalhar na horta e jardins. O professor Joel Duque está com um grupo de alunos com necessidades educativas especiais. A professora Teresa Cameira é responsável pela decoração e elaboração de peças alusivas à HB.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Bem vindos ao mundo encantado dos cogumelos!!!...

Cogumelos: existem milhares de espécies,
algumas delas de grande beleza

O que são
Os cogumelos são fungos.
Desprovidos de clorofila são, por isso, incapazes de sintetizar matéria orgânica (fotossíntese). Como não possuem a capacidade de produzir o seu próprio alimento, os cogumelos alimentam-se por absorção do húmus.

Descrição de um cogumelo
Consumo de cogumelos
Existem muitas espécies de cogumelos que são comestíveis. São muito apreciados por serem muito ricos em proteinas. Para além destas, fornecem carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais. Como possuem uma quantidade elevada de proteínas e uma quantidade pequena de gordura, podem ajudar a perder peso. Com relação às vitaminas, eles fornecem: vitamina B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), vitamina C (ácido ascórbico) e vitamina D. Entre os minerais podemos destacar: cálcio, potássio, iodo, sódio e fósforo.
Os cogumelos podem preparar-se de inúmeras maneiras, desde assados, cozidos a vapor, salteados, em saladas, em cremes, molhos, sopas ou pizzas. Antes de serem cozinhados, deve-se adicionar-lhes sumo de limão para obter um sabor mais suave e evitar que escureçam por oxidação.
Apetece-te experimentar uma receita saborosa com cogumelos? Ora clica aqui.
Porém, muitos dos cogumelos existentes são venenosos e causam diversas reações no organismo, causando intoxicações que podem levar à morte. 

Cogumelos medicinais
Há certos cogumelos com propriedades medicinais como o Penicillium. Alexandre Fleming inventou o primeiro antibiótico (penicilina) a partir deste fungo. Os cogumelos ao estimular o sistema imunológico têm-se mostrado importantes aliados no tratamento de doenças tais como cancro, lúpus, hepatite, HPV (Vírus do Papiloma Humano) e SIDA, entre outras.

Consumo e produção
O consumo de cogumelos é antiquíssimo (Grécia, Roma, Idade Média). O Homem aprendeu a cultivar os cogumelos e a dominar as técnicas de produção. Atualmente, utilizam-se modernos sistemas de cultura e a sua produção sofreu uma evolução extraordinária.

Produção e cogumelos

Outra imagem de produção de cogumelos
Então, ficaste com vontade de tentares a tua sorte? Para te informares sobre esta atividade, vê aqui.
A nível mundial os maiores produtores de cogumelos são a China, os EUA e, na Europa, Espanha, França e Países Baixos.
Em Portugal, as regiões produtoras mais importantes são Trás-os-Montes, a Beira Litoral e o Ribatejo e Oeste.

Cogumelos silvestres 
Os cogumelos silvestres desenvolvem-se no interior de pinhais e bosques, onde existam folhas secas e manta morta em decomposição.

 As trufas
Diferentes e até meio estranhas, as trufas são ilustres desconhecidas para muita gente. Não, não estamos a falar do chocolate que recebe o mesmo nome, mas sim do fungo que nasce sob a terra.
As trufas são fungos da família Tuberaceae, espécie mais rara e nobre de todos os cogumelos, possuem aspeto de mármore negro e bege e aroma e sabor marcantes. 
Estes cogumelos não podem ser cultivados. As trufas crescem espontaneamente sob a terra, a uma profundidade de 20 a 40 centímetros, próximo à raiz de carvalhos e castanheiros.  A sua busca requer o uso de cães farejadores. Mas nem sempre foi assim. Antigamente, usavam-se porcas para procurar as trufas. 

Colheita de trufas. Hoje em dia, utilizam-se mais os
cães farejadores para esta tarefa
Algumas das espécies têm sabor e aroma agradáveis, podendo atingir preços exorbitantes. A trufa branca fresca está entre as iguarias mais caras do mundo. Um quilo pode custar mais de 3000€.
Os tipos mais conhecidos são a trufa branca (Tuber magnatum), a trufa negra (Tuber melanosporum) e a trufa negra de verão (Tuber aestivum).

Trufa branca
 
Trufas negras
Para ficares a conhecer um pouco melhor estes maravilhosos seres vivos espreita aqui.
E se ficaste curioso acerca das trufas experimenta este site.

Os nossos cogumelos
Não sabemos se os cogumelos que aqui nasceram espontaneamente são comestíveis ou não. Será que alguém nos pode ajudar a identifica-los? Gostaríamos muito.