Ramo da Espiga |
A Quinta-feira da Ascensão (de Jesus ao Céu) é
uma festa religiosa católica que ocorre cerca de quarenta dias depois da
Páscoa, e calha sempre a uma quinta-feira. Há locais
onde é mesmo um dia feriado. Neste dia celebra-se o Dia da Espiga ou Quinta-feira
da Espiga.
Tradicionalmente, de manhã cedo, rapazes e raparigas vão para o campo
apanhar a espiga e outras flores campestres.
Com elas, formam um ramo com espigas de trigo, folhagem de oliveira, malmequeres
e papoilas. O ramo pode também incluir centeio, cevada, aveia, margaridas, etc.
Cada elemento simboliza um desejo:
- A espiga: que haja pão, isto é, que nunca falte
comida, que haja abundância em cada lar;
- A oliveira: que haja paz e que nunca falte a luz (divina).
- A oliveira: que haja paz e que nunca falte a luz (divina).
- As flores: que
haja alegria simbolizada pela cor das flores. O malmequer ainda «traz» ouro e prata, a papoila «traz» amor e vida e o alecrim «traz» saúde e força.
O ramo é guardado ao longo de um ano, até ao Dia de Espiga do ano seguinte,
pendurado algures dentro de casa.
Acredita-se que este costume, que surge mais no centro e sul de Portugal,
nasceu de um antigo ritual cristão, que era uma bênção aos primeiros
frutos. No entanto, por ter tanta ligação com a Natureza, pensa-se que vem bem mais
de trás no tempo, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas
da deusa Flora que aconteciam por
esta altura e às quais se mantém ligada à tradição dos Maios e das Maias.
Também, a Horta Biológica se associou à celebração desta
festa, compondo raminhos de espiga para a comunidade escolar. Esperamos que
traga, a todos, boa sorte !!...
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